terça-feira, 23 de setembro de 2008

Explicações...


Depois de tanto tempo analisando e reconfigurando algumas informações, resolvi finalisar esse ciclo e iniciar um outro, mas antes disso estou devendo explicações. Nesse período "cronístico" do meu blog, tentei, mesmo que por esses textos propor idéias que já estavam contidas no contexto.Mas como alguns amigos mesmodisseram, tinha muito "de mim" nessas crônicas, mesmo sendo puramente fictícias. Farei agora uma breve "análise"dessas três crônicas e um ponto muito relevante são os trechos em destaque.

Na primeira crônica criei a intenção de uma pessoa com a auto estima abalada, mas que a qualquer custa tenta se redimir dos problemas e buscar um bem maior, não só para sí, mas a todos que o certa. Como também deixei em aberto, essa pessoa passa por momentos ruins, aonde ficou "impotente" diante do ocorrido, todavia não quis deixar que isso o abalasse, o que seria o mais normal para uma pessoa que não vê expectativas. Ela é diferente. Ela não quer deixar que aconteça. Não quer que acabe. E aí está a chave da crônica. Algumas pessoas pensam apenas que o que lhes acontece está bem, entretanto não é bem assim que deveria acontecer. Não tínhamos que nos deixar levar e sim levar a situação conosco.

Na segunda crônica temos um lance diferente. Trata-se de um casamento mal sucedido que realmente não deveria acontecer. Por quê? Porque juntos não seriam felizes. E isso fica claro, principalmente não pela maneira como ele lida com a situação, mas com a resposta dela. A sinceridade é algo inestimável numa relação. Sem casar então a personagem sai sozinha e sem rumo em busca apenas de pensamentos, como acretio eu muitos de nós também faz, ou mesmo não fazendo, realizamos esse desejo pela mente. Outro aspecto inserido é da mudança. A "rotina rotineira" sempre nos cansa e por isso temos que mudar. Não só mudanças drásticas, mas as singelas também nos fazem enxergar coisas bem diferentes do que o que normalmente vemos. Uma vez li uma crônica que dizia para começo de conversa apenas para mudarmos de calçada para ver o mundo de outra maneira. Foi, talvez, uma inspiração pra essa.

Emendando o finalzinho da segunda com o início da terceira e última crônica, tentei puxar o assunto para um lado mais "pesaroso", mais individual. A relação de você acreditar que faz a diferença num mundo com bilhões de pessoas é mprescindível, porque ser apenas mais um, é pedir para não mais ser. No momento que o jovem, diz que não precisa contar a verdade, ele se remete a sociedade, mas não a nossa sociedade e sim a dele, sendo a familia dele. O meio onde ele vive. Nesse texto, eu retratei também um caso cliníco, talvez meio que sub-entendido, de esquizofrenia e talvez isso retrate umm pouco o porque desse mundo passar tão desapercebido por ele. Por deixar de acreditar em sí e nos outros. Não é preciso apenas pegar casos de esquizofrenia ou clinicos para percebermos isso. Retrata também a maneira como deixamos de lado o que não nos interessa, no sentido de não ser perceptível quando não queremos ver. Isso o atormenta, até o ponto de "uma vozinha", que até mesmo uma pessoa sã tem [chamada inconsciente], lhe diz para sair desse mundo pois não é isso realmente que ele quer viver. Que ele quer pra ele, mas não deva se entregar assim tão fácil. Ele sempre quer te derrubar, porque lá estão todos os seus pensamentos reprimidos.

E depois de tooooooooooooda essa descrição acho que chega né?

Respondendo uma pergunta, feita por mais de uma pessoa, não, eu não tentei me matar, mas digamos que não fiz isso por estar no lugar certo, com as pessoas certas e no momento certo. Sim... há muito de mim nas minhas crônicas.

A todos aqueles da PUC que realmente têm me dado um apoio master, um muuuito obrigado e o agradecimento é só de vocês.

Espero que tenham gostado desse ciclo e gostaria de inovar um pouco[ mais] nesse novo que começará. Quero pegar alguns textos de amigos, independente de quem é, e postar aqui. De preferência algo relativo ao blog, mas se não for... farei uma analise puxando pra cá. Que tal? Gostaria de opiniões, pois não escrevo só pra mim e na verdade, nem um pouco pra mim.

Abraços a todos e não se esqueçam de marcar a próxima consulta...


Mah.luco

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Crônica 02 de 02 - Último suspiro

Concluindo a saga de crônicas que estavam pertinentes aqui na cachola, essa segunda parte se trata do ponto de vista do escritor da Carta da Piedade. Complemento o resto das coisas que tenho de dizer ao fim da crônica. Boa leitura.


"Do alto de um prédio filosófo de maneira inconsciente. Está escuro, mas as estrelas no céu resplandecem e a brisa gélida perpassa pelo meu corpo. O que mudaria na vida dos outros a minha morte?

"No que acarretaria essa diferença?"

Dou um passo a frente e fico agora a uns 5 passos da borda da calha.Encontro um horizonte belo e distinto do que normalmente vejo lá de baixo. Daqui, não consigover as pessoas or completo, quiçá ver seus rostos. Agradeço, porque assim, não preciso lhes olhar nos olhos.

"Não preciso lhes dizer a verdade."

A verdade me é inconveniente? Sim. Não fui honesto comigo mesmo e nem com os outros. Mas principalmente comigo. Não quis me ouvir, preferi que a sociedade me comandasse à ser denominado de louco por ela.

Dou mais um passo e, com ele, muito se passa, como meus pensamentos de "desentendimento" da minha família não entendendooque farei; com meus amigos, sinceros e poucos, e suas lágrimas de compaixão; Com aquele amor que não correspondi.

"Talvez não me entendam, mas sei o que estou fazendo."

Por que em muitas vezes acreditamos que a vida não é justa? Será mesmo que muitas dessas pessoas de boa e má indoles têm o que merecem, ou não temos como pré-definir isso?
Levanto as mãos ao céu, assim que começa a garoar. A garoa engrossa, tornando-se em uma chuva forte. Tempestade. Dilúvio.

Minhas roupas já encharcadas pesam o dobro de seu peso normal, meu cabelo assenta como durante o banho e coma maior força possível, lutando com a atenção dos raios e trovões, grito para que lá de cima minha voz seja ouvida.

-Deus! Por que não consigo valorizar a minha vida? Por que a dos outros faz com que sinta inveja ou tenha ciúmes?

Pensei que ouviria um trovão, como aqueles clichês de filme onde a pessoa pede redenção pelos seus pecados. O silêncio permanece,a não ser pelo barulho da chuva no telhado. Pensei talvez que seja porque não estou me redimindo e e também porque Deus não se comunicaria através daquele barulho amedrontador.

A chuva diminui, mas não cessa. Já faz quase uma hora que estou aqui com meus pensamentose com a voz que me persegue. Dia e/ou noite, não importando o clima, a estação do ano o horário ou o que esteja fazendo, ela está no meu encalço. Dizendo sempre que a minha vida não prestae que não entende porque ainda tenho fé em Deus, ela não desaparece.

Por todo esse ano que me tranquei no quarto, por ela me contar que me seguem, minha vida mudou. Antes não acreditava, mas ela se diz capaz de ler mentes e a todos que eu olho,e que me olham; Percebo, como ela diz, seus olharesperversos e que me seguem aonde vá. Creio que estão armando algo maior do que a sociedade é capaz de me fazer acreditar.

"Isso me atormenta e sei que corro perigo de deixar de acreditar em mim.Na verdade, já deixei."

À algum tempo nada mais faz sentido e não vejo outra saída a não ser essa daqui de cima. A voz me atiça a pular, mas não sei realmente se quero realizar essa proeza.
Ela me provoca das piores maneiras possíveis, dizendo ser covarde. Faz escárnios e diz duvidar que seja capaz de pular. Provo a ela, que não duvide de mim, porque sempre fui um homem de palavra, assim como meu pai.

Corro. Salto. E o vento me abraça, antes mesmo de ter a imagem de meus pais fora de meus pensamentos."


Então gente... Esse foi o último suspiro de cronista dos meus pensamentos e acredito demorarem a voltar. Peço desculpas por ter nessas últimas semanas mudado o foco deste blog, mas essas crônicas também levam a uma reflexão que apartir de já começarei a preparar. Nosso próximo encontro, terá uma mescla de todos para um entendimento desse apanhado de idéias e viajens interiores.


Obrigado pela e marque a sua próxima consulta...
Abraços.


Mah.luco

domingo, 7 de setembro de 2008

Crônica 01 de 02 - Carta de Piedade

Nessa ultima crônica a ser postada nesse blog ( na verdade divida em duas partes, sendo esta a primeira - uma carta- e a segunda - um ponto de vista diferente - à vir durante a semana, espero) encerro mais um ciclo da minha vida e após a segunda parte, farei uma reflexão, que já comecei a escrever, sobre elas todas, tendo em foco algo presente em todas. Não sei se irão gostar muito mas foi feita com carinho e em um momento conturbado.


"Aos meus familiares

Provavelmente será você mãe, ou você pai, que encontrará essa carta.
Sem muitas palavras de inspiração, ainda mais por não ser um cartão de Natal gostaria de agradecer todo o tempo que à mim dedicaram para que fosse uma pessoa de boa índole e que fizesse apenas aquilo que "as regras estipulam-nosa fazer".
Não preciso mentir para vocês, mas também não preciso dizer-lhes a verdade, que me fez tomar essa atitude, porque não acreditariam, só quero que saibamque nunca erraram comigo.
Avida pareceu me pregar uma peça, mas consegui achar uma saída.
Todavia seja visto como covarde, todavia não sei se qualquer um que não seja "covarde" teria a mesma coragem que tive à tomar essa decisão.Talvez não me entendam, mas sei o que estou fazendo e não tenho medo das consequências e espero nunca provocá-los a ira ou o desespero pela minha atitude e também, para que não possa atrapalhar a vida de mais ninguém.
Espero que seja um lugar melhor. Onde não me encham a cabeça.
Se algo for feito em minha lembrança, não exijo nada e que isso esteja claro, que seja para os amigos mais próximos e familiares somente.
E que seja ao céu aberto, pois sabem que desde criança a alegria que o vento me proporciona.

Amarei sempre vocês. Adeus.
Seu flho amado."



Gostaria de dizer, que não se refere a nenhuma pessoa conhecida e que estou bem, muito obrigado.

Também gostaria de deixar uma dedicatória a uma pessoa muito especial que teve uma perda muito grande recentemente e que a mim também chocou:
"Saiba que como já lhe disse antes, estarei aqui como amigo para todo o momento que precisar e não só na hora de sorrir. te adoro muito e sei do fundo do meu coração que algo bom foi lhe reservado, porque não era justo que isso ocorresse."

Obrigado pela visita e não perca as próximas consultas...

Mah.luco