terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Mudanças apenas às coisas ruins...


Acho que é meu dever vir aqui hoje, nem mais cedo nem mais tarde, para desejar a todos os que acompanharam essa pequena odisséia nesse ano de 2008. Antes de mais nada, como agradecimentos, quero colocar o tema do post. Trata-se de uma receita. Não daquelas escritas em livros de culinária e realizada por nosssas avós e familiares nas nossas férias (que saudade dos bolinhos de chuva da minha avó), mas sim uma receita mais usual dessa época:


“RECEITA DE ANO NOVO

(Carlos Drummond de Andrade)
Para você ganhar belíssimo Ano Novo...

Não precisa fazer lista
de boas intenções para arquivá-las
na Gaveta.

Não precisa chorar de arrependimento
pelas besteiras consumadas nem
parvamente acreditar que por decreto

da esperança a partir de Janeiro
as coisas mudem e seja claridade,
recompensa, justiça entre os homens

e as nações, liberdade com cheiro e
gosto de pão matinal, direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça
este nome, você, meu caro, tem de
merecê-lo, tem de fazê-lo novo,

Eu sei que não é fácil mas tente,
experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Um maravilhoso Ano Novo para você !”


Achei que cabia muito bem para uma reflexão simples sobre o que nós podemos e o que devemos fazer nesse/para o Ano Novo.
As relações das promessas vis e a claridade das situações nos foram passadas por outros posts, mas o que me alegrou ao lê-lo, foi o começo: As listas de gavetas. Se tiver quem acompanha desde o inicio, o primeiro post falou sobre isso.
O que fazer, deixar de fazer e as promessas do que fazer. Grandes questões com diferentes respostas, por mais parecidas que sejam, tanto as perguntas quanto as respostas.
Devemos sempre viver o dia de hoje, hoje, na hora que se olha no relógio, e não começar o dia já premeditando o que fazer durante o período de almoço, fim de tarde e madrugada a fora.

Agora, quero agradecer quatro “pontos importantes” entre tantos outros que me ocorreram no ano de 2008, Quero que saibam que “a ordem dos tratores não altera o viaduto” ok?

~> O pessoal todo da PUC, principalmente da C1-2, que me ajudaram in ou diretamente em tudo o que precisei/realizei nesse ano de 2008 e no mínimo nos próximos quatro, não é? Que esse ano que se inicia seja maravilhoso a todos vocês.

~> O grupo Patinhas e filiações, contando formação original, agregados e a todos esses que fazem do meu final de semana e eventos, momentos de alegria e diversão extremas. Que em 2009 Sejamos ainda mais e mais TUDO possível.

~> Ao Raphael, meu amigo. Meu irmão. Que nesse Novo Ano você seja muito mais feliz rapaz, sem muitas preocupações e problemas, dos pequenos aos grandes, para que possa extrair de todos os momentos tudo de bom que eles possam te oferecer. Ta no coração pra sempre.

~> Àquela que sempre e sempre está ao meu lado, seja brigando comigo ou tirando fotos de mãos dadas. Saiba o quanto sou agradecido por viver em minha vida. Fazendo parte da minha vida. Te Amo Lívia. Por todo sempre.

A todos uma ótima entrada de ano e muitos outros momentos maravilhosos no decorrer dele.
Espero que mantenham as visitas e agendamentos de consulta. Aqui. No NOSSO consultório, porque sem vocês... Ele não existiria.

Abraços a todos e um ótimo Ano Novo.

Mah.luco.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Esperanças mais do que indubitáveis...


Por um breve momento, antes de começar esse post, pensei em dizer-lhes da minha aposentadoria. Mas não. Não quero parar. Não agora. Ainda há esperança na minha vida. E é sobre ela que falarei hoje.

Força que subestimamos desde que nos conhecemos como gente, a esperança trás consigo uma arca como a de Pandora, só que sem os malefícios para toda uma humanidade. Talvez se os trouxesse, cada homem pensaria mais de uma vez em seus pedidos e desejos.

Reconhecida também como expectativa, perspectiva e até mesmo voto de desespero, a esperança carrega um grande fardo contigo: o da satisfação. Sim.

Não creio eu que utilizei mal a palavra. Digo satisfação pela simples idéia de que tudo que almejamos, queremos possuir, mesmo que não em nossas próprias mãos “individuais” e sim coletivas.

Dizer que ela é a ultima que morre faz certo sentido, mas quando envolvida com outros sentimentos como o amor, creio que desfalece antes do fim. Nada dura mais do que o amor. Há quem diga que se tem amor há esperança, mas se há esperança não exatamente deve existir amor. Renego quem diz isso. Pois se você acredita em algo, coloca o seu amor nele, mesmo que indiretamente. Inconscientemente.

Gosto muito de usar a metáfora da vela, que acendemos para que a esperança não se esvaia, para que possamos ter algo que nos prenda, de maneira não pejorativa, a alguma coisa que nos comove, que nos gera confiança, mudança. Transformação.

Procurar pontos de esperança é uma ação tipicamente humana que remete a necessidade de algo mais para viver além de si próprio. Não adianta só existir.
Seja através de uma troca de olhares, de uma boa nota em uma prova, uma cura para alguma doença ou o fim de uma guerra. Tem que ter esperança.

Que a sua esperança seja em algo bom e confiável para que não lhe ocorra nada desagradável, principalmente nesse fim de ano, onde as esperanças de um novo começo são de maneira concreta, indubitáveis.

Desejo-te leitor, um maravilhoso final de ano, cheio de concretizações e atos vangloriosos e no inicio de outro ano estupendo, muitas alegrias e novas metas almejadas.

Agradeço a visita mais do que nunca e não se esqueça que antes que a vela se apague, ainda há esperança.

Até a próxima consulta.

Mah.luco

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Facetas divergentes


Em um momento de reflexão, entrei em contradição comigo mesmo buscando saber se há em mim mais de um eu, se em cada ser humano há mais de uma face para viver nesse mundo agonizante.

Não somente para viver, mas diria que para sobreviver. Cheguei a conclusão que existe sim.

Muitos de nós seres humanos acreditam ser somente um "de forma transparente" ou então se referirem como "um livro aberto", mas não creio que essas sejam as melhores formas de se dizer que são apenas um, ou então de que tudo que passa pela sua mente lhe é transmitida pra fora, porque isso também não é verdade.

Por mais que não aceitemos, inconscientemente, nós selecionamos aquilo que dizemos.

Só que o que nós dizemos depende muito daquilo que sentimos e que temos a essas palavras nada mais são do que uma parte do que sentimos.

"Como explicar que podemos existir inúmeras vezes, se não for da divisão de um corpo para inúmeras maneiras de ser?"

Ser apreensivo, ser sorridente, ser sarcástico ou ser amável não torna uma pessoa "duas caras" ou inconstante, só transmite a certeza que temos distinções dentro de nós.Todas essas facetas, juntas porém não no mesmo instante, é que nos fazem nós mesmos.

Isso não significa que você tenha múltipla personalidade, mas que você é capaz de possuir/repassar os sentimentos que sente e que lhe pertencem.

Concluirei com uma frase que faz sentido para esse post:

"Seja um. Seja todos. Seja você. Não tenha medo disso, pois se tiver, deixará de ser você."



Obrigado pela compreensão de todos os meus "pacientes" pelo grande intervalo dos posts e principalmente pelo tamanho deste, mas é que por causa do grande tempo que a faculdade exerce/suga fica difícil de postar cada dia mais, porém me prometi que esse blog não seria abandonado e cumprirei essa promessa.


Até uma proxima consulta e não deixe de agendar a sua...


Um grande abraço a todos.


Mah.luco

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Explicações...


Depois de tanto tempo analisando e reconfigurando algumas informações, resolvi finalisar esse ciclo e iniciar um outro, mas antes disso estou devendo explicações. Nesse período "cronístico" do meu blog, tentei, mesmo que por esses textos propor idéias que já estavam contidas no contexto.Mas como alguns amigos mesmodisseram, tinha muito "de mim" nessas crônicas, mesmo sendo puramente fictícias. Farei agora uma breve "análise"dessas três crônicas e um ponto muito relevante são os trechos em destaque.

Na primeira crônica criei a intenção de uma pessoa com a auto estima abalada, mas que a qualquer custa tenta se redimir dos problemas e buscar um bem maior, não só para sí, mas a todos que o certa. Como também deixei em aberto, essa pessoa passa por momentos ruins, aonde ficou "impotente" diante do ocorrido, todavia não quis deixar que isso o abalasse, o que seria o mais normal para uma pessoa que não vê expectativas. Ela é diferente. Ela não quer deixar que aconteça. Não quer que acabe. E aí está a chave da crônica. Algumas pessoas pensam apenas que o que lhes acontece está bem, entretanto não é bem assim que deveria acontecer. Não tínhamos que nos deixar levar e sim levar a situação conosco.

Na segunda crônica temos um lance diferente. Trata-se de um casamento mal sucedido que realmente não deveria acontecer. Por quê? Porque juntos não seriam felizes. E isso fica claro, principalmente não pela maneira como ele lida com a situação, mas com a resposta dela. A sinceridade é algo inestimável numa relação. Sem casar então a personagem sai sozinha e sem rumo em busca apenas de pensamentos, como acretio eu muitos de nós também faz, ou mesmo não fazendo, realizamos esse desejo pela mente. Outro aspecto inserido é da mudança. A "rotina rotineira" sempre nos cansa e por isso temos que mudar. Não só mudanças drásticas, mas as singelas também nos fazem enxergar coisas bem diferentes do que o que normalmente vemos. Uma vez li uma crônica que dizia para começo de conversa apenas para mudarmos de calçada para ver o mundo de outra maneira. Foi, talvez, uma inspiração pra essa.

Emendando o finalzinho da segunda com o início da terceira e última crônica, tentei puxar o assunto para um lado mais "pesaroso", mais individual. A relação de você acreditar que faz a diferença num mundo com bilhões de pessoas é mprescindível, porque ser apenas mais um, é pedir para não mais ser. No momento que o jovem, diz que não precisa contar a verdade, ele se remete a sociedade, mas não a nossa sociedade e sim a dele, sendo a familia dele. O meio onde ele vive. Nesse texto, eu retratei também um caso cliníco, talvez meio que sub-entendido, de esquizofrenia e talvez isso retrate umm pouco o porque desse mundo passar tão desapercebido por ele. Por deixar de acreditar em sí e nos outros. Não é preciso apenas pegar casos de esquizofrenia ou clinicos para percebermos isso. Retrata também a maneira como deixamos de lado o que não nos interessa, no sentido de não ser perceptível quando não queremos ver. Isso o atormenta, até o ponto de "uma vozinha", que até mesmo uma pessoa sã tem [chamada inconsciente], lhe diz para sair desse mundo pois não é isso realmente que ele quer viver. Que ele quer pra ele, mas não deva se entregar assim tão fácil. Ele sempre quer te derrubar, porque lá estão todos os seus pensamentos reprimidos.

E depois de tooooooooooooda essa descrição acho que chega né?

Respondendo uma pergunta, feita por mais de uma pessoa, não, eu não tentei me matar, mas digamos que não fiz isso por estar no lugar certo, com as pessoas certas e no momento certo. Sim... há muito de mim nas minhas crônicas.

A todos aqueles da PUC que realmente têm me dado um apoio master, um muuuito obrigado e o agradecimento é só de vocês.

Espero que tenham gostado desse ciclo e gostaria de inovar um pouco[ mais] nesse novo que começará. Quero pegar alguns textos de amigos, independente de quem é, e postar aqui. De preferência algo relativo ao blog, mas se não for... farei uma analise puxando pra cá. Que tal? Gostaria de opiniões, pois não escrevo só pra mim e na verdade, nem um pouco pra mim.

Abraços a todos e não se esqueçam de marcar a próxima consulta...


Mah.luco

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Crônica 02 de 02 - Último suspiro

Concluindo a saga de crônicas que estavam pertinentes aqui na cachola, essa segunda parte se trata do ponto de vista do escritor da Carta da Piedade. Complemento o resto das coisas que tenho de dizer ao fim da crônica. Boa leitura.


"Do alto de um prédio filosófo de maneira inconsciente. Está escuro, mas as estrelas no céu resplandecem e a brisa gélida perpassa pelo meu corpo. O que mudaria na vida dos outros a minha morte?

"No que acarretaria essa diferença?"

Dou um passo a frente e fico agora a uns 5 passos da borda da calha.Encontro um horizonte belo e distinto do que normalmente vejo lá de baixo. Daqui, não consigover as pessoas or completo, quiçá ver seus rostos. Agradeço, porque assim, não preciso lhes olhar nos olhos.

"Não preciso lhes dizer a verdade."

A verdade me é inconveniente? Sim. Não fui honesto comigo mesmo e nem com os outros. Mas principalmente comigo. Não quis me ouvir, preferi que a sociedade me comandasse à ser denominado de louco por ela.

Dou mais um passo e, com ele, muito se passa, como meus pensamentos de "desentendimento" da minha família não entendendooque farei; com meus amigos, sinceros e poucos, e suas lágrimas de compaixão; Com aquele amor que não correspondi.

"Talvez não me entendam, mas sei o que estou fazendo."

Por que em muitas vezes acreditamos que a vida não é justa? Será mesmo que muitas dessas pessoas de boa e má indoles têm o que merecem, ou não temos como pré-definir isso?
Levanto as mãos ao céu, assim que começa a garoar. A garoa engrossa, tornando-se em uma chuva forte. Tempestade. Dilúvio.

Minhas roupas já encharcadas pesam o dobro de seu peso normal, meu cabelo assenta como durante o banho e coma maior força possível, lutando com a atenção dos raios e trovões, grito para que lá de cima minha voz seja ouvida.

-Deus! Por que não consigo valorizar a minha vida? Por que a dos outros faz com que sinta inveja ou tenha ciúmes?

Pensei que ouviria um trovão, como aqueles clichês de filme onde a pessoa pede redenção pelos seus pecados. O silêncio permanece,a não ser pelo barulho da chuva no telhado. Pensei talvez que seja porque não estou me redimindo e e também porque Deus não se comunicaria através daquele barulho amedrontador.

A chuva diminui, mas não cessa. Já faz quase uma hora que estou aqui com meus pensamentose com a voz que me persegue. Dia e/ou noite, não importando o clima, a estação do ano o horário ou o que esteja fazendo, ela está no meu encalço. Dizendo sempre que a minha vida não prestae que não entende porque ainda tenho fé em Deus, ela não desaparece.

Por todo esse ano que me tranquei no quarto, por ela me contar que me seguem, minha vida mudou. Antes não acreditava, mas ela se diz capaz de ler mentes e a todos que eu olho,e que me olham; Percebo, como ela diz, seus olharesperversos e que me seguem aonde vá. Creio que estão armando algo maior do que a sociedade é capaz de me fazer acreditar.

"Isso me atormenta e sei que corro perigo de deixar de acreditar em mim.Na verdade, já deixei."

À algum tempo nada mais faz sentido e não vejo outra saída a não ser essa daqui de cima. A voz me atiça a pular, mas não sei realmente se quero realizar essa proeza.
Ela me provoca das piores maneiras possíveis, dizendo ser covarde. Faz escárnios e diz duvidar que seja capaz de pular. Provo a ela, que não duvide de mim, porque sempre fui um homem de palavra, assim como meu pai.

Corro. Salto. E o vento me abraça, antes mesmo de ter a imagem de meus pais fora de meus pensamentos."


Então gente... Esse foi o último suspiro de cronista dos meus pensamentos e acredito demorarem a voltar. Peço desculpas por ter nessas últimas semanas mudado o foco deste blog, mas essas crônicas também levam a uma reflexão que apartir de já começarei a preparar. Nosso próximo encontro, terá uma mescla de todos para um entendimento desse apanhado de idéias e viajens interiores.


Obrigado pela e marque a sua próxima consulta...
Abraços.


Mah.luco

domingo, 7 de setembro de 2008

Crônica 01 de 02 - Carta de Piedade

Nessa ultima crônica a ser postada nesse blog ( na verdade divida em duas partes, sendo esta a primeira - uma carta- e a segunda - um ponto de vista diferente - à vir durante a semana, espero) encerro mais um ciclo da minha vida e após a segunda parte, farei uma reflexão, que já comecei a escrever, sobre elas todas, tendo em foco algo presente em todas. Não sei se irão gostar muito mas foi feita com carinho e em um momento conturbado.


"Aos meus familiares

Provavelmente será você mãe, ou você pai, que encontrará essa carta.
Sem muitas palavras de inspiração, ainda mais por não ser um cartão de Natal gostaria de agradecer todo o tempo que à mim dedicaram para que fosse uma pessoa de boa índole e que fizesse apenas aquilo que "as regras estipulam-nosa fazer".
Não preciso mentir para vocês, mas também não preciso dizer-lhes a verdade, que me fez tomar essa atitude, porque não acreditariam, só quero que saibamque nunca erraram comigo.
Avida pareceu me pregar uma peça, mas consegui achar uma saída.
Todavia seja visto como covarde, todavia não sei se qualquer um que não seja "covarde" teria a mesma coragem que tive à tomar essa decisão.Talvez não me entendam, mas sei o que estou fazendo e não tenho medo das consequências e espero nunca provocá-los a ira ou o desespero pela minha atitude e também, para que não possa atrapalhar a vida de mais ninguém.
Espero que seja um lugar melhor. Onde não me encham a cabeça.
Se algo for feito em minha lembrança, não exijo nada e que isso esteja claro, que seja para os amigos mais próximos e familiares somente.
E que seja ao céu aberto, pois sabem que desde criança a alegria que o vento me proporciona.

Amarei sempre vocês. Adeus.
Seu flho amado."



Gostaria de dizer, que não se refere a nenhuma pessoa conhecida e que estou bem, muito obrigado.

Também gostaria de deixar uma dedicatória a uma pessoa muito especial que teve uma perda muito grande recentemente e que a mim também chocou:
"Saiba que como já lhe disse antes, estarei aqui como amigo para todo o momento que precisar e não só na hora de sorrir. te adoro muito e sei do fundo do meu coração que algo bom foi lhe reservado, porque não era justo que isso ocorresse."

Obrigado pela visita e não perca as próximas consultas...

Mah.luco

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Crônica- Dia D

Idéia meio mórbida, mas afluente na cabeça.

"Na hora do “sim”, ela me disse “não”. Disse também que não daria certo e que até agora não sabia como chegamos até ali. Fiquei parado, sem reação, enquanto ela saia com o véu arrastando pelo chão, levantando a borda do vestido para andar mais depressa. Eu, de costas para a entrada, não a vi saindo e uma lágrima, não sei se de raiva, remorso ou realmente tristeza me escorria pela face. Ainda bem que não havia muita gente, a não ser eu, ela, o padre e um casal de amigos que serviram de testemunhas, para não passar por uma cena dessas.

"Eram 16 horas de uma terça-feira nublada."

Meus amigos tentaram me reconfortar, mas parecia que me diziam “meus pêsames, nós também gostávamos muito dela.” Mesmo ela não tendo morrido. Resolvi então, deixar a chave do meu carro com eles e dar uma volta a pé pelo bairro. Não tinha pressa para chegar a casa e encontrar lá coisas “nossas”. Voltei e peguei a chave do carro, pois assim poderia ir mais longe, não só com os meus pensamentos.

Não sei como, mas cheguei à Avenida Ibirapuera sem nem ao menos procurar o caminho. Entrei no parque com a impressão de que a Claudia estava morta. Mas há quanto tempo?

"Há quanto tempo ela havia morrido dentro de mim?"

Andando ao redor do grande lago, de terno cinza chumbo, camisa branca e um mocacim preto, não quis flor na capela porque achava ultrapassado, ao invés dela que queria que eu usasse, parei. Peguei o celular no bolso e já lembrava que há algum tempo não ligava a ela para dizer que a amava, para buscá-la no serviço ou para jantarmos juntos à luz de vela naquele restaurante que gostava.

Não sabia mais se a amava realmente. Na verdade, estava tentando me enganar, pois não a amava mais. Perguntei-me se alguma vez já a amei. Ao me indagar com essa questão retórica, retórica sim, porque não queria que houvesse resposta, já era fim de tarde e o crepúsculo se iniciava.

"Percebi que o passado não faria mais diferença e então resolvi mudar para o futuro."

A primeira atitude, talvez meio infantil, foi jogar o celular fora. Em algum momento desses deve estar no fundo do lago ou então em um ninho de ganso. Cheguei a casa e foi praticamente o “dia da faxina”, tudo que me lembrava ela eu resolvi me desfazer, mesmo não me sentindo mal, nem em ficar com aquilo, nem em jogar fora. Na verdade estava feliz. De verdade.

"Precisava mudar. Mudar sempre é bom."

Trouxe-me novas aventuras e opções, devaneios e ansiedades. E então eu descobri que aquela lágrima não era de raiva, remorso ou tristeza. Era uma lágrima de alegria.

"Pois precisava de um espaço. Um espaço para mim. Um espaço para ser feliz.""

*Obs: Crônica escrita apenas por montagem de cenas de devaneios e clichês.
*Obs dois: Não ocorreu comigo e está bem longe de ocorrer (quiçá não ocorra): Bruh. Te amo meu anjo.

Obrigado pela visita... Gostou? Então agende o seu horário dando um clique nos comentários, deixando seu nome e hora escolhida. ;)

Mah.luco

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Crônica - Banco de pensamentos


Muitas idéias. Um papel e uma caneta.



"Sentado sozinho num banco de praça abaixo de uma grande árvore de copa esverdeada, refletia sobre a invulnerabilidade humana. Como o Super-Homem poderia realmente existir se não podemos ter poderes como voar ou ter visão de raios-X, já que é isso que o torna ‘invulnerável’ – tirando a Kriptonita-?

Talvez não sejam essas capacidades que deveríamos desenvolver para agüentarmos dores mil, tanto nossas quanto dos outros, ataques de choro por sabermos de atrocidades, ou então, de condições subumanas.

"Precisamos ser fortes. Precisamos acreditar."

Eu sei que não sou o único desacreditado com o mundo que vivemos, todavia sei também, mais uma vez, que não sou o único que não me dedico ativamente a mudá-lo. Força de vontade existe, e muita, mas a “imprudência” de não saber o que fazer é maior.

"Já sentiu a sensação de impotência?"

Aquela que não deixa sentirmos o chão que pisamos, o ar que respiramos, que paralisa-nos por dentro e retira tudo da nossa mente fazendo por fração de segundos, ou até mesmo segundos, não lembrarmos quem somos? É pior, em minha opinião, e que isso fique claro, do que o próprio sentimento de perda.

Em certos momentos da minha vida, encontrei os 2 sentimentos num mesmo local e tive uma vontade quase que paranóica, por um breve período, de deixar de ser, mas a vontade de fazer algo melhor, por e para alguém, e também a re-significação daquilo para mim prevaleceu e me deu forças para continuar. Para pensar.

"Para pensar que a felicidade sempre volta a surgir e que fazer o bem gera um bem ainda maior."

Mesmo a vida sendo feita de retalhos, nós podemos uni-los e fazer uma grande colcha para aquecer o mundo, as pessoas e principalmente seus corações. Em nenhum momento eu escrevi que seria fácil, por realmente não ser, mas sem tentar não podemos prever a nossa vida, ou ainda mais, não podemos construir a nossa vida.

"É isso que torna o homem invulnerável a ponto de ser feliz, não só até o ‘Feliz para sempre’, pois o que é para sempre, sempre acaba, mas até depois dele."

*Obs: Hoje não tenho mais o que escrever porque acho que o que queria realmente retratar está ai, e foi um alívio desabafar já que o mar está tão longe e não tenho um espelho por perto... (Crônica escrita após um longo e divergente dia).

Obrigado pela atenção e volte sempre...

Mah.luco

sábado, 16 de agosto de 2008

Autonomia ou Ousadia?


Estava eu em casa, quando tive um grande insight ao ouvir uma musica cantada pelo Capital Inicial que começava assim o refrão: “Procuramos independência [...]”

Nessa semana que passou desde o último post, comprei um livro que há muito tempo procurava e acho que se encaixa perfeitamente aqui hoje. Slam, do escritor Nick Hornby e publicado aqui no Brasil pela editora Rocco, é um livro sensacional para quem diz ter independência ou já a tem e não sabe.

Conta a história de um menino que aos 16 anos se torna pai, mas não direi mais nada dele para que, caso alguém se interesse, não estrague as surpresas. O ponto de impacto relacionado ao lance da música é que nem sempre nós temos o que queremos ou temos e não sabemos. Pode parecer meio clichê isso, mas tentarei te convencer que não é.

A maior parte do tempo de nossas vidas nós procuramos, e mais ainda enumeramos/sonhamos, com o nosso futuro e com o que há de vir, esquecendo-nos do presente. Mas essa independência está nas nossas ações e não na curiosidade de tentar ver o mundo de forma diferente.

“Não devemos apenas imaginar se temos a possibilidade de fazer.”

A verdade depende de cada um, pois não existe uma universal, por mais que isso contradiga muita gente. Muitas vezes nós também não aceitamos o fato do jeito que é por criarmos barreiras que nos impedem até mesmo de ver a verdade.

O critério de independência é muito relativo, não? Podendo ser classificado como autônomo, ou quem não depende de nada nem de ninguém, uma grande mentira, é possível percorrer uma estrada de momentos libertos da vida do ser humano. Acho que uma boa classificação seria: livre (mas mesmo assim, teria receios de dizer isso).

“Até que ponto somos livres e/ou queremos a liberdade?”

Quando temos tudo, ou partes de um todo, a nossa disposição, não procuramos a independência com tanto furor, com tanto frenesi, como se aquilo atasse nossas mãos com grilhões e fizesse de nós um ser pior. Apenas aceitamos.

Por que temos paradigmas a seguir?
Por que temos que seguir o dogmatismo de outros?
Seria possível vivermos por si só?
Será que queremos viver “sozinhos”?


Essas perguntas, mais reflexivas do que esclarecedoras, vêm caminhando comigo há algum tempo, mesmo não sabendo explicá-las (e o meu pensamento sobre elas).

Pesquisando, encontrei uma frase ótima para concluir:

“A independência do homem não se faz com atitudes radicais e inesperadas, e sim na coerência com que dirige sua vida.”

Em outras palavras: Você faz a própria independência de acordo com a maneira que rege a sua vida e o modo que ela se distingue das outras tantas que habitam o planeta.

Agradeço a visita de todos que tornam desse blog realmente uma maneira de passar as minhas idéias em diante...

Tenham uma ótima semana...

Mah.luco

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Espelho para sempre...


Depois de alguns dias sem post, retornei para pedir desculpas pela demora e pra escrever um também, é claro. Desde que minhas aulas retornaram, várias idéias e muitos significados passaram pela minha mente, e resolvi que o post de hoje será sobre as relações ao indivíduo consigo mesmo e com mundo que o cerca, uma coisa bem singular: "Tudo que é, é."

O significado das coisas, além daqueles que o próprio censo comum dá, varia com a nossa própria percepção do mundo e de tudo que nos cerca, podendo também referir-se àquilo com o qual o associamos e com o próprio tempo em que ocorreu.

“O significado que um ‘objeto’ carrega, é a relação que ele estabelece com o mundo.”

Nossas emoções e sentimentos, nem sempre tão análogos assim, são afetados por diversos e diferentes motivos no nosso cotidiano, e não só eles como as nossas próprias vidas são transformadas pelo dia-a-dia.

Em apenas um dia é possível “chegar ao céu e descer ao inferno” ou vice-versa como diriam pessoas conhecidas. Mas nossas reações dependem do significado que damos a elas. Cada momento que acontece contigo, ou que aconteceu, você mesmo que inconscientemente, denotou um sentido.

"Tudo que é, é conseqüência de antes."

SEMPRE, o Passado é a causa do Presente. Todo o comportamento pelo qual passamos se origina por causa de um propósito e entender essa finalidade é transformar o passado, significá-lo novamente, só que de outra maneira, para então produzirmos o Futuro. Somos, portanto, um espelho, onde pode ser-se tudo o que se quer, tudo o que puder e pricipalmente na nossa mente vemos todos os momentos.

“O Futuro movimenta o Presente e retoma o Passado. Nós somos resultados dessas relações. Nós somos feitos dessas relações.”

Então quando temos problemas, não importando o grau de dificuldade, o homem rompe esse elo, unidade significativa, que tem consigo mesmo, todavia não é só o problema, ele também desfaz a sua ligação com o mundo.

Por isso sempre aproveite o presente e transforme-o em único para não ter que [re]significá-lo mais para frente, onde poderá ter sérios problemas... ;D

Então só para concluir, escrevo aqui uma frase que uma pessoa muito especial, que com certeza ampliou minha visão de homem, de mundo e de vida, disse:
“Aquilo que não tem significado não pode ser percebido. É a finalidade que te move.” Miguel Perosa.

Desejo uma boa semana a todos e até a próxima consulta...


Mah.luco

domingo, 27 de julho de 2008

[Nota do Editor]


Inicia-se o circuito novamente e assim as férias chegaram ao fim e volta-se então aquela rotina de correrias e afazeres mil.

Muitos dos momentos vividos durante esse período dito de “descanso” foram mais atribulados do que o normal, mas sempre é necessário para que aquela monotonia cotidiana entenda como algo fora da vida atribulada, seja quebrada e que transforme nem que por tempo indeterminado, em momentos de futuras reflexões, que poderão estar aqui.

Espero que agora com a volta das aulas novas lições sejam tiradas do próprio cotidiano para que possa postar aqui, porque para quem ainda não percebeu, ou não teve a oportunidade de ler todos os outros posts, ou esse é o primeiro (seja bem vindo então), no meu blog tento sempre tirar lições daquelas sensações que temos no dia-a-dia e que nunca conseguimos manifestar através das palavras. E com os meus humildes vocábulos tento transferir a minha opinião a cada post novo.

A faculdade me ajuda muito nisso, principalmente pelo que a “minha família” me proporciona lá dentro e por todos os episódios pelos quais passei, além é claro de ter a oportunidade de aprender mais e mais para a minha formação de Psicólogo(óbvio e minha primeira intenção).

Não tenho muito mais o que escrever hoje...
Digo apenas que: "Estou ansioso e espero que muitas coisas mudem, pra melhor é claro e que o “passado” seja esquecido pois não quero amarguras futuras."

Resumindo:

Bons momentos...
Ótimos sentimentos...
Conturbados acontecimentos e...
O início de um novo relacionamento.
Acho que consegui aproveitar da melhor maneira possível minhas férias...

Vou ficando por aqui e escrevi algumas considerações abaixo:

*Obs: Beijo especial pra minha pequena bailarina de quem eu tenho sentido tanta falta nos últimos dias...

*Obs 2: Agradeço o retorno do meu filho Fabrício Romera, por ser um paciente assíduo, como ele mesmo diz... Valeu cara!

*Obs 3: Essa é a minha redação de férias, caso alguém me pergunte se fiz... hahahaha!

Obrigado pela visita e espero poder postar com uma freqüência ainda alta, mas será difícil, portanto postagens ao final de semana serão o conveniente.


Agradeço a compreensão e não percam a próxima consulta...

Mah.luco

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Renewal of the mind


Quis começar com uma frase similar ao do ultimo post:

“Ao se fechar um ciclo temos que iniciar outro e é isso que pretendo fazer...”

A renovação da mente é sempre necessária a quem busca respirar novos ares, encontrar novas inspirações e encarar novos desafios. Eu me encaixo nessas escolhas.

É sempre bom revigorar. É transformar aquilo que ocorreu de errado em lições para o presente.

É saber onde foi acertado e resumir a maneira melhor a novos esquemas. É conseguir viver da melhor maneira possível sabendo o que faz da sua vida.

Agora essa é a hora de “restaurar” o que é preciso resolver, o que ainda não tinha terminado, e me centrar em novas metas a cumprir.

Quando colocamos novos objetivos a serem cumpridos em nossas vidas, temos aspectos de “desbravadores”, daqueles que a qualquer preço tentam superar limites, dentro do senso de ética é claro, e da melhor maneira possível visam alcançar essa supremacia.

Que não é fácil não é, porque temos que nos transmutar afim de que novas regras também sejam inseridas no nosso cotidiano para nos adequarmos as novidades. Talvez esse seja um limite difícil de transpor. A aceitação de novas regras.

A começar de quando nos entendemos como gente, as regras (junto com os medos, como já citei) nos cercam e no colocam em redomas de vidro que continuamente enquanto crescemos se expandem ainda mais ou começam a se fender. Na maioria das vezes elas se ampliam deixando-nos presos naquele mundo de melancolias que nos agravam dia após dia...

“Não quero mais ser alguém preso em meus pensamentos... Não quero permanecer com todos eles para sempre, pois alguns me fazem sofrer... Quero poder sair da redoma de vidro para nunca mais voltar...”

A liberação da mente no meu ponto de vista é pra que você possa sim, ter uma vida digna, cheia de bons momentos e felicidades( é isso que eu espero a todos os meus AMIGOS) e não a nada melhor do que um novo amor pra ajudar a isso acontecer...


Acho que por hoje é só... não estou muito bem, pois resolvi algumas pendências, porém havia me proposto que hoje escreveria algo...


Espero que tenha sido de alguma valia! Obrigado pela visita...
E prometo não lhes decepcionar no próximo post! ;D

Mah.luco

domingo, 20 de julho de 2008

Fenecimento do ciclo...


Comecei pelas escolhas... passei pelos sonhos... depois pelo tempo e sua relação com o amor... seguido pelos desabafos... chegando aos medos... e agora, levanto a cabeça pra falar das esperanças!

Elas sim são a verdadeira razão pelas escolhas que fazemos, pelos sonhos que temos, pelo tempo que contamos, pelos desabafos que expelimos e pelos medos que sentimos. Mas ao final, os venturosos são aqueles que sempre compreendem que, de uma forma ou de outra, por caminhos certos ou através de outros que erramos, sempre buscamos a questão de ser feliz.

"Intricado é o momento em que acreditamos tudo estar errado ou não termos fé na nossa confiança, na nossa vida e nas nossas decisões."

Embasados nesses pontos cosidos das nossas vidas, momentos passam de maneiras rápidas ou lentas o suficiente a ponto de nos instigar a ter esperança. Com apenas poucas palavras, quando não até mesmo por gestos ou olhares, cremos que surge algo “esperançoso” e nossos pensamentos se trespassam [melhor tradução: ir além do que é permitido] dando liberdade a nossa imaginação.

Quem nunca sonhou com algo apenas por ter esperança?

Ela ser a última que morre tem suas razões, já que não podemos deixar de acreditar naquilo que almejamos e queremos às nossas vidas. Temos que ter E.S.P.E.R.A.N.Ç.A. Essa é a palavra da vida.

A Expectativa alimenta a nossa alma sempre positivamente e faz com que sonhemos com o futuro como nunca antes. Acredito sim, que dependemos dela para sermos Felizes Para Sempre.

“Assim, ciclos se encerram e outros tantos se iniciam, transformando nossas existências não mais em meras coincidências...”

O texto de hoje foi um tanto “curto” para um assunto tão especial, porém achei que o contexto foi passado de maneira sucinta.

Obrigado pela visita e não deixe de voltar...

Mah.luco

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Medo...


Nos meus últimos posts, comentei de assuntos sempre complexos e difíceis de escrever, e por isso, o de hoje não será diferente. O tema central é o medo e ter medo, além é claro, de ter medo do medo.

Não sei por que, mas sempre tive medos por toda a minha vida. Medo quando criança, de perder meus pais e não ter como recuperá-los (Não que esse eu tenha superado), medo de não ter amigos de verdade, medo de ser sozinho no mundo, medo disso, medo daquilo, medo aqui, medo acolá, medo... Medo... Medo.

É estranho pensar que quando entramos nesse imenso e “reconfortante” globo azul, as pessoas que nos cercam já nos criam com medo. Não podem nos colocar deitados de bruços, pois podemos morrer, não podem dar comida diferente de leite porque tem medo q não nos alimentemos mais do leite e assim por diante.

O medo sempre nos cerca. Por mais que tentemos escapar, ela esta sempre presente em nossas vidas. Eles nos atormentam. Às vezes eu me entrego aos acasos q ocorrem, mesmo sem saber o q vai acontecer, e nem sempre são bons os resultados gerados e o medo, com sua aura “representada malignamente”, predomina os sentidos.

Escrevi uma vez um testículo que dizia um pouco do medo:

“Por alguns momentos esperei muito por coisas q podia ter aproveitado antes, mas que por medo, hesitei. Agora esperando que elas voltem, espero. Canso. Desisto. Quem me faz desistir é o medo que consome minha’lma. Tento organizar meu pensamento afim de que por nada mais de errado eu possa passar. Porém é mais difícil do que havia imaginado. E erro onde não devia, fazendo que volte a escuridão do meu medo.”

Esse medo que comento talvez seja o de não ser feliz, ao lado de quem estamos, ou o de ser feliz com alguém que não esta ao nosso lado no momento.

Complexo? – Sim.
Impossível de se resolver? – Não. Pelo menos do meu ponto de vista.

Acho que a primeira coisa a se fazer, é perceber como podemos usar a vida sempre ao nosso dispor. Aprender com o próprio dia a dia que todos temos medos, mas que devem ser superados e não apenas destemidos, pois uma pessoa sem medo, não é humana.

Devemos então ter medos?
Acho que sim, porque senão a vida também não teria graça sem barreiras a transpor.

Depois de toda essa injeção de animo, creio que minha missão foi cumprida mais uma vez, ao expor minhas idéias...

Agradeço a visita e a atenção...

Qualquer divida ou reclamação basta clicar no ícone dos “comentários” logo aqui abaixo e deixar o seu!

Mah.luco

domingo, 13 de julho de 2008

Vontade de escrever...


Acho que faz tempo que não escrevia para mim. Ás vezes penso que não consigo ser apenas eu comigo mesmo, redundantemente falando, para que seja entendido de melhor maneira possível!

Pode parecer estranho escrever isso, pois com certeza é bem mais fácil dizer ao espelho quando me olho nos olhos e me entrego de verdade aos pensamentos. Estou precisando de um momento só com o mar e o céu.

Penso e me entendo como louco porque não vejo mais ninguém assim. Mas me sinto bem ao mesmo tempo. Alguém ao ler isso verá uma pessoa com problemas internos (que acha serem) insolúveis, ou até mesmo irredutíveis, porém com afetos disponíveis a oferecer a quem necessitar.

Em alguns momentos, me pego pensando no passado, no futuro, no hoje, no tudo. No nada. Sou estranho eu sei, mas é como me sinto. Dou gargalhadas e choro ao mesmo tempo, sem saber (ou até mesmo sabendo o porquê) por querer, apenas pelo sentimento que me passa e que consome minha alma, transformando-a no que sou e no que futuramente serei.

Esse último desabafo foi conflitante por si só e não sei ser-se-á possível de entendê-lo, todavia valeu por ser postado porque é uma das minhas essências daquilo que ninguém conhece. Creio que foi bom escrever, melhor mesmo do que dialogar com o espelho ou talvez ouvir o murmúrio das ondas, não que deixarei essas práticas de lado, pois é interessante passar um pouco de mim de outro jeito para que eu possa me entender.

É bom escrever, quando dá vontade de escrever...
E é bom ver o mar, quando preciso desabafar.

Obrigado pela atenção e não esqueça de marcar sua próxima consulta ao sair nos meus comentários ok?


Mah.luco

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Tempo...



Tempo. Eis uma palavra que nem sempre se adéqua ao nosso cotidiano, por estarmos sempre na correria do trabalho, nos afazeres do estudo e no relaxar do lazer. Mas qual a sua diferença quando nos referimos ao amor?

Creio que quando estamos amando, as cores ficam mais intensas, o sangue circula mais rápido e nossas idéias se afloram de maneira espantosa, mas dizer apenas isso me tornaria um aspirante a escritor barato e chinfrim, que apenas usa clichês ao escrever sobre aquilo que realmente acha não entender. Não é simples falar de amor. Muito menos sobre o tempo de amar.

A minha questão para esse post é: Existe tempo para amar?

Não me refiro apenas ao tempo de amar como o período de estar com a pessoa ou a relação idade-maturidade de um casal, e nem tão somente se o verdadeiro amor pode ser despertado em nossos interiores numa idade onde “ficar é mais interessante” ou quando dizem “Nossa! Mas nessa idade e você já namora sério?”. Acho que posso ir mais a fundo.

Iniciando com a troca de olhares, de palavras e avançando até as carícias, no começo a amizade, depois o afeto, a aproximação maior, a paixão e então o amor. Mas até chegar a esse ponto, o tempo é o verdadeiro “difusor” das características, e, sem ele, para saber se realmente o que nos preenche, é complicado.

Tento mencionar aquele tempo de amar que nos torna nós mesmos e que nos fornece segurança para darmos o próximo passo que nos firma no solo da satisfação real e que deixa então, a imaginação fluir como o vento. Esse tempo não se refere apenas aos casais, não obstante não sirva pra eles, mas se não houver a evolução no próprio indivíduo, não é possível existir o nós, como eu mesmo relatei em um dos meus poemas.

Muita complexidade para relatar um ato inesquecível, inigualável e inefável.

O amor e o tempo possuem uma coerência incomum, pois um sem o outro pode sim existir e manter com suas forças a durabilidade de uma relação, porém é perceptível a diferença de quando eles estão juntos, todavia, apenas para quem já amou.

Agradeço realmente a atenção de todos que têm lido meus textos, mas tenho dois memorando em especial hoje:


[1]Jenny: Obrigado pelo apoio que você tem me dado esperando até fins de noites para ler um post ou me ajudando em quais palavras e idéias utilizar. Valeu mesmo.

[2] Para uma pessoa especial com quem tenho dividido ótimos momentos e saiba que este post tem certo ar de conveniência, não?



Obrigado e até a próxima consulta...

Mah.luco

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Conto Chinês


Quando ganhei de aniversário o livro, Adeus, China - de Li Cunxin, ele já me fascinava. Sabia que dali poderia tirar bons frutos a colher nesse novo caminho. Começei a ler semana passada antes de criar meu "consultório" aqui, e desde então ele me conquista mais e mais! Resolvi no post de hoje começar com um pequeno conto Chinês que o protagonista do livro ouve de seu pai:

O Sapo no Poço

"Era uma vez um sapo que vivia em um poço pequeno, mas muito fundo. Ele não sabia nada do mundo. O poço e o pedaço de céu que conseguia ver eram seu universo. Um dia ele encontrou outro sapo, que vivia do lado de fora.
-Por que não desce e vem brincar comigo? É divertido aqui - convidou.
-O que tem aí embaixo? - perguntou o outro.
- Tudo: água, correntes subterrâneas, estrelas, às vezes a Lua e até ojetos voadores que vêm do céu - respondeuo sapo do poço.
O sapo da terra suspirou.
-Meu amigo, você vive confinado.Não sabe o que tem no mundo. O sapo do poço não gostou de ouvir aquilo.
-Não me diga que existe um mundo maior do que o meu! Meu mundo é grande. Aqui vemos e sentimos tudo o que o mundo tem a oferecer.
-Não, amigo. Você só consegue ver o mundo pela abertura do poço. O mundo aqui fora é enorme. Gostaria de lhe mostrar o quanto é grande - rebateu o sapo da terra.
Agora, sim, o sapodo poço estava zangado.
-Não acredito! Você está mentindo! Vou perguntar ao meu pai - e contou ao pai a conversa que tivera com o sapo da terra.
-Filho, o seu amigo está certo. Ouvi dizer que existe um mundo muito maior lá em cima, com muito mais estrelas do que podemos ver daqui - o pai respondeu com tristeza na voz.
-Por que nunca me disse isso? - o sapinho perguntou.
- Para quê? O seu destino é aqui embaixo, neste poço. Não há como sair daqui.
-Eu posso! Eu consigo sair! Vou lhe mostrar - argumentou o sapinho.
Ele pulou e saltou, mas o poço era muito fundo,e a terra estava longe demais.
-Não adianta, filho. eu tentei a vida toda. seus avós fizeram o mesmo. Esqueça o mundo lá em cima. contente-se com o que tem ou vai viver infeliz.
-Quero sair, quero ver o mundo grande lá fora! - o sapinho chorava decidido.
-Não, filho. Aceite o destino. Aprenda a viver com o que lhe foi dado - continuou o pai.
Assim, o pobre sapinho passou o resto da vida tentando escapar do poço escuro e frio. mas não conseguiu. O grande mundo lá em cma continuou sendo apenas um sonho."

A primeira coisa que me veio a cabeça para começar é:

Estaremos todos de início em um poço e onde nossa meta é sair? Passamos por constantes problemas e desagrados tantos, que as paredes por quais nos tentamos nos prender parecem sempre escorregar e nos deixam mais e mais sofrendo por não conseguir sair.

Acho que há sim uma maneirade escapar de tudo isso, mas de inicio é complicado. Precisamos ser fortes o suficiente para aguentar o que passamos e felizes o bastante para sobrevivermos.

Sem a felicidade nada é possivel. Enquanto o sapinho acreditava ser feliz, não aparentava possuir barreiras, mas quando impuseram limites dizendo ser impussivel transpor aquelas paredes ele desistiu, memso sabendo que se tentasse com mais afinco poderia ultrapassá-las.

E é isso que devemos fazer, ter forças,elas surgem com as amizades que conquistamos, quando fazemos o que gostamos e acima de tudo do amor que produzimos, para que possamos, quiçá um dia, chegarmos ao céu.

Gostaria depois dessa breve reflexão que escrevi, concluir com o ponto de vista do pai de Cunxin (protagonista) ao ser interrogado pelo filho em relação de estarem no poço, pois acredito ser a melhor resposta a esta pergunta.

"-Depende do ponto de vista. Se você olhar este lugar (sua vida) de cima para baixo... então estamos, sim, em um poço. Mas, se olhar de baixo para cima, não. Você diria que estamos no céu? Não, definitivamente não."

Obrigado pela visita de todos os que tem me apoiado neste pouco tempo de projeto, mas que têm me dado um retorno inigualável... aguardo desde já sua próxima estadia junto ao meu consultório.



Mah.luco

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Carta a Um Amigo: David O Músico


Com muita honra recebi uma carta de um amigo, David O Músico,
http://psico100neura.blogspot.com/2008/07/carta-um-amigo-marcos-o-poeta.html ,
E aqui no meu blog resolvi respondê-la.

Caro David, fiquei muito feliz realmente com a homenagem postada a mim por ti nesta carta e quero que saiba que todos os sentimentos expostos são da mesma maneira recíprocos.

Agradeço também por dizer meu fã, mas não creio que isso seja possível, pois nem ao menos sei o que realmente faço para isso. Da mesma maneira que produz as suas músicas receio formular os meus poemas, ou melhor, dizendo que fluem meus poemas. Não consigo escrevê-los “quando quero” ou “por que quero”, porque essa é uma das leis prescritas aos poetas e aspirante para tais, nunca escrever quando não se tem reais sentimentos para aquilo já que não passarão o seu sentimento.

Acho realmente que quando escrevo demonstro meus sentimentos e acredito naquilo por mais estranho que pareça, não só nos poemas quanto nos textos aqui presentes. O sentimento esta não só naquele que escreve o poema, mas também naquele que se identificava com ele, mesmo não estando a parte de tudo que se passa na vida de quem escreve, como exemplo posso citar que a maioria das pessoas nunca soube realmente o que ocorreu para que Fernando Pessoa escrevesse 30 páginas de um de seus livro com uma ponta de faca em sua escrivaninha, a pessoa pode se identificar. Percebi que não apenas eu tenho o sentimento que sinto e isso me torna mais humano, acredito.

No ponto de sermos alternadamente músicos, poetas e tudo aquilo que nos interessa, julgo ser verdade, pois quando há dedicação, leia-se interesse, tudo se torna possível. Sua primeira analogia da relação "sentimento – texto – sentimento" é completamente coerente a minha e quero que saiba que todos são grandes por poder ter essa dádiva da escrita que você tão bem compartilha comigo, modéstia minha. Seus diálogos, como chamo os textos, por serem realmente diálogos mesmo que monólogos, são totalmente expressivos da sua maneira crítica, irreverente e critica do mundo onde vive por não aceitar em momentos o que lhe é imposto. Acho isso realmente fascinante e acho que falta essa característica em mim ainda. Aceito muito fácil aquilo que é apreensivo à minha pessoa.

Não aceito que diga ter uma “incapacidade de compreendê-los” quando se refere aos poemas, pois quando conversamos certas vezes sobre o meu livro “Àqueles Que Dizem Não Amar/8 Cartas à uma Pessoa Amada” você simplesmente conseguiu transmitir tudo o que se passava por ele, desde pontos como o mais verdadeiro amor até o ressentimento de desespero sentido em alguns momentos de duvida. Todos nós que vivemos e temos sonhos somos capazes de, com uma maneira singular, entender os poemas.

Sua visão de mundo como vídeo-game é diferente da minha de uma escada extremamente íngreme e longa, onde podemos cair para trás com nossas escolhas ou até mesmo subir estonteante para aquele lugar chamado pódio. A poesia, nesse mundo, trato como uma de nossas funções de psicólogos que é a de transferir nossos através de uma maneira que sirva para cada um. Com grande satisfação ajudarei você a entendê-la, mesmo pensando que já a entende, para que possamos alcançar o primeiro lugar, não discorrendo de forma capitalista.

Uma vez, quando fui orador da turma na minha formatura do Ensino Médio, descrevi cada pessoa como o seu próprio livro. Seu livro já possui uma capa, sendo o que você é; Um Índice, mostrando o que quer; Um Prefácio e vários Capítulos, onde defende os pontos em que acredita; Faltam, quem sabe, alguns outros tantos capítulos, digo tantos por ainda ser jovem o suficiente a ponto de encerrá-lo e com certeza, uma Grande Conclusão, aonde chegará no “Feliz Para Sempre”. Até lá, espero sermos grandes amigos e vivermos aventuras e desafios para escrever neste livro.

Um grande abraço com admiração de seu amigo Marcos.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Escolhas...


Durante algum tempo ontem, enquanto resolvia sobre o que iria postar aqui, perguntei a alguns amigos se tinha alguma idéia do que eu deveria escrever, alguns falaram sobre a amizade, o amor, e até sobre conselhos. Mas acho que melhor do que tudo isso, até mesmo para fazer um link com o ultimo post decidi falar sobre as nossas escolhas...

O tempo passa e precisamos decidir várias coisas que não temos certeza nem ao menos se darão certo, mas temos que escolher. Na vida cotidiana e corriqueira, para muitos um pleonasmo, é necessária certa precisão, porque um erro qualquer pode fazer desmoronar aquele castelo que construímos com tanto esforço e barreiras ultrapassadas. Talvez a palavra escolher não seja a melhor escolha para designar nossas opções, e sim ARRISCAR.

Quantas vezes não nos pegamos com aquela duvida cruel de por qual caminho seguir, tanto profissional como pessoalmente ou então de qual maneira demonstrar o que sentimos, ou como sentimos? Isso faz de nós, todos nós, humanos com sentimentos verdadeiros e não deixa que nos tornemos meros robôs comandados por outras maquinas programadas, por nós. Que ironia, não?
Esses acontecimentos cíclicos me lembraram uma música d’O Teatro Mágico, chamada “Amém” que diz muito do que tentei passar aqui hoje...

""Amém - O Teatro Mágico - Composição: Fernando Anitelli
Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário
Letras, lados, lestes
O relógio de pulso pula de uma mão para outra e na verdade... ]
[ nada muda
A criança que me pediu dez centavos é um homem de idade no meu retrovisor
A menina debruçando favores toda suja
É mãe de filhos que não conhece
Vendeu-os por açúcar
Prendas de quermesse
A placa do carro da frente se inverte quando passo por ele
E nesse tráfego acelero o que posso
Acho que não ultrapasso e quando o faço, nem noto
O farol fecha...
Outras flores e carros surgem em meu retrovisor
Retrovisor é passado
É de vez em quando do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde... Próximo... Seguinte.
É o que passou e muitas vezes ninguém viu
Retrovisor nos mostra o que ficou, o que partiu
O que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi... Calçadas e avenidas
Deixa explícito que se vou pra frente
Coisas ficam para trás
A gente só nunca sabe...
Que coisas são essas.""


Depois disso tudo, espero que todos nós possamos escolher os melhores caminhos para que nossas vidas cheguem no destino almejado...


Obrigado mais uma vez pela atenção e até a próxima...

Ah! Não se esqueçam de comentar! ;D


Mah.luco

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Começando nas férias...


É incrível como nós seres humanos sempre prometemos e começamos a fazer nossos planos nos últimos dias de aula para que nossas férias rendam como nunca renderam antes! Isso porque em todas as férias fazemos esses planos: andaremos de bicicleta no parque, marcaremos de encontrar amigos que há muito não vemos, começaremos cursos, terminaremos livros e assim por diante.

Você já deve ter se questionado alguma vez sobre esse assunto, ou se não... agora é o momento!

Quando colocamos na nossa cabeça que queremos fazer é diferente de quando colocamos que faremos agora... Pois a hipótese de talvez "não ocorrer" existe e é ela que predomina na nossa mente, inconscientemente, não por sermos preguiçosos mas por sempre arrumarmos alguma outra coisa que não estava nos nossos planos.

Teriamos então, que olharmos para nossas agendas e vermos se haveria espaço, todavia não fazemos isso, porque tudo aquilo que está programado pode esperar. Esse é ponto da grande sacada. Ao deixarmos de lado, não damos valor e assim, é possível perceber aquilo que almejamos no momento pra nossa vida. Não queremos fazer coisas que não nos trarão alegria, prazer ou satisfação por exemplo, nos tantos momentos propícios em que temos para relaxar as nossas mentes e esquecer daqueles trabalhos e prova infernais ou do professor que pega no seu pé só porque tentamos ser participativo e que ele não aceita isso.

Nossa vida segue as regras que escolhemos e não aquelas ditadas no Livro Vermelho de Mao ou em outros tantos do mesmo estilo. Nosso século XXI nos propicia o momento de decisão.

Tantos planos. Tantas promessas. Mas só aquilo que realmente nos importa é que é realmente realizamos. Essas oportunidades não temos marcadas em nossas agendas, elas surgem com o decorrer do tempo. Com o decorrer de nossas vidas.

Vou ficando por aqui nessa estréia do meu blog. Caso tenham alguma outra opinião, critica ou coisas boas a dizer, deixem um recado... Obrigado pela atenção e até um outro dia!



Mah.luco


*P.S.: Só para constar... A montagem deste blog não estava nos meus planos de férias! ;D